Saiba como cada vez mais mulheres ocupam cargos e profissões que antes eram  predominantemente masculinas, como a mecânica, e a importância de celebrar essas conquistas. Confira!

A mecânica é uma profissão que, por muito tempo, foi considerada predominantemente masculina, como se apenas os homens tivessem aptidão, interesse ou direito de exercê-la. No entanto, essa visão está mudando e cada vez mais mulheres estão se aventurando no mundo dos motores, das ferramentas e das oficinas, mostrando que a mecânica não tem gênero, e que elas podem ser tão ou mais competentes do que os homens nessa área.

História das mulheres na mecânica

A presença feminina na mecânica não é algo novo, mas sim uma história que vem de longa data, e que merece ser reconhecida e valorizada. Desde os primórdios da história automotiva, as mulheres tiveram um papel importante, seja como inventoras, como pilotas, como mecânicas ou como empresárias. Algumas mulheres que se destacaram na história da mecânica foram:

Bertha Benz: a primeira pessoa a dirigir um automóvel a longa distância, em 1888, usando o veículo inventado por seu marido, Karl Benz. Durante a viagem, ela teve que resolver vários problemas mecânicos, como limpar o carburador, trocar a correia de couro, usar seu alfinete para desentupir um tubo de combustível, etc. Ela também sugeriu melhorias para o veículo, como a adição de um freio nas rodas traseiras e de um sistema de ignição elétrica.

Dorothy Levitt: a primeira mulher a competir em uma corrida automobilística, em 1903, e a quebrar o recorde mundial de velocidade feminina, em 1906, atingindo 146 km/h. Ela também foi uma pioneira na defesa dos direitos das mulheres ao volante, escrevendo um livro chamado “The Woman and the Car”, em 1909, que ensinava as mulheres a dirigir, a cuidar do carro e a se proteger de assaltos e acidentes.

Mary Anderson: a inventora do limpador de para-brisa, em 1903, um dispositivo que permitia ao motorista limpar o vidro dianteiro sem sair do carro, usando uma alavanca. Ela patenteou sua invenção, mas não conseguiu vendê-la para as empresas automotivas, que a consideraram inútil. Somente anos depois, o limpador de para-brisa se tornou um item obrigatório nos carros.

Helene Rother: a primeira mulher a trabalhar como designer de interiores de automóveis, em 1943, na General Motors. Ela foi responsável por criar estofados, tecidos, cores e acessórios que tornavam os carros mais confortáveis, elegantes e atraentes para os consumidores, especialmente as mulheres. Ela também fundou sua própria empresa de design, e ganhou vários prêmios e reconhecimentos por seu trabalho.

Essas são apenas algumas das muitas mulheres que fizeram história na mecânica, e que inspiram outras mulheres a seguir seus passos. O que tem levado as mulheres para a profissão é a mesma motivação de muitos homens: a paixão por carros. As mulheres que se dedicam à mecânica são apaixonadas pelo que fazem, e buscam constantemente se aperfeiçoar, se atualizar e se qualificar, para oferecer um serviço de qualidade e excelência.

Mudanças na sociedade

As mudanças na sociedade também têm contribuído para a presença feminina na mecânica, pois têm tirado essa visão de que existem profissões masculinas ou femininas, e que apenas os homens podem exercer a mecânica. As mulheres têm conquistado cada vez mais espaço e respeito em diversas áreas, como na política, na educação, na saúde, na ciência, na arte, entre outras, e também na mecânica. Elas demonstram que têm capacidade, talento e competência para exercer qualquer profissão que desejem, e que não devem ser limitadas ou discriminadas por questões de gênero.

A presença feminina na mecância

A presença feminina na mecânica é cada vez maior, e isso pode ser observado na quantidade de mulheres que se matriculam em cursos como mecânica automotiva, engenharia mecânica, eletrônica automotiva, etc. Segundo dados do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o número de mulheres que se formaram em cursos de mecânica aumentou 67% entre 2010 e 2019, passando de 3.200 para 5.300. Além disso, segundo dados da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), o número de mulheres que atuam como engenheiras mecânicas cresceu 50% entre 2015 e 2020.

O mercado de trabalho também tem se beneficiado com a presença feminina na mecânica, pois ganha com a diversidade e a pluralidade de profissionais qualificados, que podem trazer novas ideias, soluções e perspectivas para o setor. Com isso, as mulheres têm mostrado que a mecânica não é apenas uma questão de força, mas também de inteligência, habilidade e conhecimento.

No entanto, apesar dos avanços e das conquistas, ainda existe muito preconceito e resistência em relação à presença de mulheres na mecânica, tanto por parte de alguns homens, que as subestimam, as desrespeitam ou as assediam, quanto por parte de alguns clientes, que duvidam, desconfiam ou rejeitam o seu trabalho. Essas atitudes são inaceitáveis e devem ser combatidas, pois ferem a dignidade, a liberdade e a igualdade das mulheres, e prejudicam o desenvolvimento e a qualidade de diversos setores da sociedade.

Por isso, é importante que as mulheres que se dedicam à mecânica sejam valorizadas, apoiadas e incentivadas, e que tenham seus direitos e seus espaços garantidos e respeitados. Por fim, é importante parabenizar todas as mulheres que, com força, inteligência e perseverança, conquistam seus espaços e abrem caminho para que outras façam o mesmo.

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